Lixo industrial: o que é e como descartar corretamente

Muito se ouve falar no descarte correto do lixo doméstico e na necessidade de separar os materiais orgânicos dos recicláveis. Mas, e o lixo industrial? Como fazer o descarte correto desse tipo de resíduo?

O lixo industrial é tudo aquilo que resta da atividade realizada pela indústria. São resíduos dispensáveis que variam conforme o ramo de atuação do negócio, incluindo indústrias alimentícias, petroquímicas, siderúrgicas, têxteis e automotivas, por exemplo.

Devido ao alto risco de contaminação de parte desse material, o descarte do lixo industrial exige um pouco mais de cuidado e atenção. Além disso, os resíduos variam conforme a atividade de cada indústria, exigindo descartes específicos, como orienta a lei. A seguir, conheça os tipos de lixo industrial e como fazer o descarte correto.

Tipos de lixo industrial

De acordo com a atividade desempenhada pelas fábricas de produção, o lixo industrial pode ser do tipo gasoso, líquido ou sólido. Há também a classificação conforme o risco de cada tipo, determinada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). São eles:

Perigosos: classe 1 – Contaminantes e tóxicos

Aqui está inserido o lixo industrial considerado mais perigoso e que pode causar sérios danos à saúde. Por isso, precisam de um descarte rigoroso e específico. 

Os aterros industriais e a incineração são os mais indicados. Os aterros devem usar uma manta impermeável, além de diversas camadas de proteção para evitar a contaminação do solo.

São exemplos de lixo tipo 1: cianureto, pesticidas, amianto, borra de tinta, graxa e demais produtos corrosivos, reativos e inflamáveis.

Não inertes: classe 2 – Possivelmente tóxicos

Esse tipo de lixo industrial não é considerado tão tóxico quanto o tipo 1, mas deve ter o mesmo destino na hora do descarte: os aterros industriais com protetores impermeabilizantes.

Podemos citar como exemplos a fibra de vidro, resquícios de produtos usados na limpeza de caldeiras e demais resíduos provenientes de métodos de filtragem. 

Inertes: Classe 3 – Não contaminantes

Aqui está o lixo que não vai contaminar o solo ou a água, ainda que tenha contato com eles. Normalmente, são materiais recicláveis, como madeira, ferragens, sucata, aço e outros similares.

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O que a legislação diz sobre o lixo industrial

A PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos) foi criada em 2010 com o objetivo de gerenciar a produção e o descarte do lixo industrial, exigindo dos setores públicos, privados e da sociedade, participação ativa nessa tarefa.

Algumas das orientações da PNRS incluem a redução ou eliminação dos lixões, a responsabilização de toda a cadeia envolvida na produção, distribuição e consumo dos produtos, incentivo à reciclagem e à logística reversa, dentre outros.

Apesar de ainda não ter alcançado as metas estipuladas, a PNRS segue tentando trazer melhorias para o meio ambiente e para a sociedade em geral, apostando em incentivos, capacitações e educação sanitária.

Como descartar o lixo industrial corretamente

O descarte correto do lixo industrial é essencial para evitar que os resíduos contaminem o solo, o lençol freático e, até mesmo, as pessoas que, porventura, tenham acesso a esses dejetos. A seguir, os três tipos mais comuns de descarte:

Incineração

A incineração é o descarte correto para o lixo industrial do tipo 1, considerado o mais perigoso. Consiste na queima gradativa desse material, em temperatura que varia entre 900° e 1250°C.  

Aterro

Nesse caso, os aterros devem ser os industriais e não os aterros para lixo doméstico, sendo obrigatória a impermeabilização dupla para evitar a contaminação. 

O aterramento é um método de descarte mais barato, se comparado à incineração, e pode receber o lixo industrial dos tipos 1 e 2.

Reciclagem

A reciclagem é o melhor destino para o lixo do tipo 3, aquele que não oferece perigo de contaminação e que pode ser transformado, gerando renda e melhorando a saúde do meio ambiente.

Conclusão 

Como vimos, tão importante quanto conhecer e diferenciar os vários tipos de lixo industrial é cumprir o que a legislação exige no que diz respeito ao descarte correto desses materiais e, principalmente, reduzir a produção de resíduos.

Para atender a essa demanda, as indústrias devem gerenciar corretamente o uso dos maquinários e facilitar a compra e a venda destes. Estendendo o tempo útil das peças, o seu descarte é postergado e, por fim, há geração de menos lixo industrial.

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